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Em dia de protestos contra PL 4330, presidente da CUT fala em greve nacional para defender trabalhadores

16 de Abril de 2015 às 08:26

Em diversos estados aconteceram nessa quarta-feira protestos e paralisações marcando um dia nacional de luta contra o PL 4330/04, conhecido como PL das terceirizações. Em São Paulo, em frente à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, falou da necessidade de reforçar a luta em defesa dos trabalhadores, mencionando a possibilidade de convocar uma greve nacional se for preciso. Freitas fez críticas a maioria dos deputados que aprovaram o texto-base do PL na semana passada lembrando que nem a ditadura militar ousou ir tão longe no ataque a retirada de direito dos trabalhadores. Agora a noite, uma notícia publicada pela Agência Câmara informou que um acordo entre lideranças partidárias deixou para a próxima quarta a votação dos mais de 30 destaques feitos para mudanças no texto da proposta.

Atos como o de hoje contra o PL 4330 devem continuar e a Condsef e suas filiadas vão seguir somando forças a todos os esforços em defesa dos direitos da classe trabalhadora. A CUT também divulgou informativo com dúvidas e respostas referentes a itens ligados ao PL das terceirizações. Veja aqui. Quatro pontos centrais foram levantados pela Central na busca pela regulamentação da terceirização: 1) A proibição da terceirização na atividade fim; 2) A igualdade de direitos e condições de trabalho; 3) A responsabilidade solidária entre empresas contratante e contratada e 4) A representação sindical pela categoria preponderante garantindo ainda aos trabalhadores direitos e benefícios conquistados em negociação coletiva.

Além disso, dados de um Dossiê da Terceirização e Desenvolvimento apontam que a terceirização vem acompanhada de números que preocupam. O trabalhador terceirizado permanece cerca de três anos a menos no emprego; tem uma jornada semanal de três horas a mais; recebe salário 25% menor; está mais exposto a acidentes e mortes no trabalho, 8 em cada 10 mortes no trabalho acontecem com terceirizados. Outro dado preocupante aponta que 90% dos trabalhadores resgatados em condições de trabalho análogo ao escravo são terceirizados. O presidente da CUT ainda acrescentou durante os atos desta quarta que a maioria do povo não está no Congresso, mas nas ruas, que vão continuar sendo ocupadas na defesa persistente da classe trabalhadora e de seus direitos.

Fonte:Condsef

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