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IRINEU "O GOVERNO TEMER ATUA NA CONTRAMÃO DA RECUPERAÇÃO FINANCEIRA DA GEAP"

18 de Agosto de 2016 às 00:00


P – Como avalia a manobra do governo em tomar posse do Conad?

Irineu Messias – Ficamos escandalizados com essa interferência descabida do governo Temer na Geap, entidade de direito privado. A União Federal há muito tempo não deveria estar na operadora. Se estivesse, seria para apoiar e nunca para dirigir os destinos da entidade, porque ela não contribui financeiramente com nada.

 

Os assistidos contribuem com 77% dos recursos e os 23% que são repassados pela União é uma propriedade nossa. A prova é tanta que o governo repassa esse mesmo percentual para a Geap e também aos servidores que têm outros planos de saúde privados, portanto não são recursos do governo e sim dos trabalhadores. No estatuto da operadora, artigo 7º, § 3.º, diz que se houver problema financeiro a União não tem responsabilidade. Estranho a fala do presidente interino do Conad ao dizer que o governo está preocupado com a situação financeira do plano. Esta intervenção é prejudicial porque ela não tem interesse em recuperar e ajudar a Geap.

 

Os indicados do governo disseram à imprensa que a Geap tem um rombo e vai quebrar. Quem é que de sã consciência e tem preocupação com a entidade e os assistidos vai dizer um absurdo deste, ou seja, falando mal da própria empresa? Em nenhum momento afirmamos ao baixar a Resolução 129, que reduz o reajuste de 37,55% para 20%, que a operadora iria quebrar. Informamos que a redução seria para garantir a sustentabilidade financeira da Geap porque ela evitaria que as pessoas deixassem o plano.

 

P – Como vê a participação das entidades nas ações em defesa da Geap?

Irineu Messias – A CNTSS, Fenadados, Anasps, Unaslaf e a Condsef são parceiras. Dentre as entidades estaduais, destacamos o Sindsprev-PE que tem estado à frente dos atos em defesa da operadora, com participação, inclusive, em eventos na Comissão de Seguridade Social, na Câmara Federal. É importante a participação das organizações nesta luta, mas a nossa convocação é que outros sindicatos, cujos servidores são assistidos pela Geap, se incorporem neste enfrentamento.

 

Quero registrar a postura deste governo de atuar na contramão da recuperação financeira da Geap que vinha sendo desenvolvida pela direção afastada. Além da Resolução 129, definimos um plano de ação que visava reduzir despesas administrativas e assistenciais sem prejuízo na prestação

de serviços.

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